segunda-feira, 15 de março de 2010

Vagabundos

A noite cai e lá vem ela
exibindo seu corpo ondulante
despida de roupa e preconceitos
ao ritmo do seu peito que salta
ao ritmo do tacão que bate na calçada
até à esquina mais próxima
porque já se faz tarde e ela tem fome;

Espera na esquina
pelo velho vagabundo
ela, a jovem vagabunda,
secreta entrada de juventude,
o prazer momentâneo de um grito que se torna eco
a troco de tudo e de nada.

A noite termina nos ecos perdidos
serão de dor?
serão de prazer?
serão de tristeza?

Mas porquê esta vida?
Porquê a puta desta vida!?

Pois não sabes tu?
Eu te digo:
Porque és vagabunda
de lugar e de alma!

Vagabunda! Acorda Mulher!
Vagabunda!

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